• Autor Vitor Correia Nunes
  • Ano 2015/2
  • Resumo

    O projeto do Porto Maravilha rapidamente modifica a região portuária do Rio de Janeiro, revitalizando diversas áreas degradadas e criando novas características urbanas. Entretanto, o projeto negligencia importantes usos e edifícios arquitetonicamente relevantes, em prol de uma lógica de ocupação generalista amplamente criticada. Um dos exemplos é o sítio localizado na esquina da Avenida Venezuela com a Rua Souza e Silva, onde funciona hoje o Armazém cultural das Artes, objeto de estudo deste trabalho. Desde 1978, o galpão cedido pela companhia das Docas S.A. abriga, além de diversas atividades relacionadas à produção cenográfica e de escultura, um projeto social de capacitação de jovens para atender à mão de obra cultural no Rio de Janeiro. Proposto para o local, um grande empreendimento imobiliário ignora as condições pré-existentes e os atuais ocupantes, e planeja a expulsão de um uso já consolidado há mais de 30 anos, sem que haja uma reflexão em termos urbanísticos. Em função disso, esse trabalho desenvolve uma contraproposta arquitetônica focada na mediação de interesses entre: o setor imobiliário, preocupado com a exploração do potencial construtivo do terreno, e os artistas, que trabalham diariamente neste espaço e fizeram parte da consolidação desse local. Aliando parte dos usos culturais previstos no projeto de expansão da associação do Armazém, com a adição de unidades habitacionais, espaços de uso comercial e áreas públicas livres, o projeto procura responder de maneira realista aos conflitos existentes nesse espaço.


Universidade Federal do Rio de Janeiro - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Midiateca FAU/UFRJ 2019 ® | Todas as imagens protegidas por direitos autorais.